quarta-feira, 22 de maio de 2013

Rottweiler

Origens

As origens do Rottweiler remontam ao tempo dos Romanos e consta como uma das raças mais antigas do mundo...
O Rottweiler, como muitas outras raças, é resultado de muitos anos de criação selectiva.
Pensa-se que os progenitores da raça foram os cães Molossoides que acompanhavam as legiões Romanas. A resistência destes cães permitia-lhes efectuar os percursos mais árduos. Além disso, a sua função de guarda protegia as manadas de lobos e de eventuais ladrões de gado.
As invasões
Após a bem sucedida invasão do sul da Alemanha, a cidade então conhecida como Área Flaviae foi ocupada. Importante centro administrativo e social, fundado cerca dois séculos antes de Cristo, transformou-se e prosperou.
As casas cobertas de telhas artesanais vermelhas acabaram por influenciar o nome da cidade, sendo este Rottweiler (Vila Vermelha). Mais tarde alterou-se para Rottweiler, como hoje é conhecida.
É provável que os cães romanos deixados para trás após a ocupação, dado às suas características combativas e de guarda, viessem a ser cruzados com os cães locais. Esta necessidade deveu-se à proliferação do comércio de gado. Vindos de grandes distâncias, como a Suíça, França e Hungria, os fazendeiros que conduziam o gado até ao mercado de Rottweiler tinham necessidade de guardar a sua mercadoria. Os cães locais rapidamente se fizeram notar. Estes eram conhecidos com os cães dos carniceiros de Rottweiler.
Cão de trabalho e companhia
Existem alguns contos de comerciantes de gado que relatam que após um dia de negócios bem-sucedido a celebração em tabernas era inevitável. Para garantir que os seus lucros não fossem roubados o dinheiro era preso a volta do pescoço dos cães.
A inteligência e polivalência dos cães de Rottweiler permitiam que fossem também usados na condução de gado. Atenção redobrada, robustez, agilidade e uma força de mandíbula considerável eram características necessárias para manter uma manada submissa.
A caminho do final do século XIX o crescimento das linhas férreas levou ao decréscimo dos cães de gado. O governo, que implementava a rede de linhas férreas, proibiu a condução de gado favorecendo o transporte por comboio. O Rottweiler continuou a desempenhar outras funções, como por exemplo: puxar carros carregados de leite e outro tipo de bens. Neste período a raça ficou praticamente extinta.
No início do ano de 1900 surgiu a necessidade de reforçar a lei e a segurança; o Rottweiler devido às suas características e talentos, despertou interesse na polícia alemã. Em 1910, o Rottweiler era oficialmente aceite como cão-polícia; tendo desempenhado de forma exemplar as suas funções, a própria polícia passou a reproduzir estes cães. Esta situação levou ao reaparecimento do Rottweiler.
A popularidade da raça fora das forças policiais também viu o seu crescimento fazendo as pessoas levar estes cães para as suas próprias casas.
A popularidade
O primeiro clube da raça (Deutcher Rottweiler Klub), filiado na associação alemã de cães-polícia, surgiu em 1907. Este tinha como objectivo defender e manter as capacidades de trabalho da raça. Algum tempo depois, mas no mesmo ano, no sul da Alemanha surgia um novo clube. Este clube (Internacional Rottweiler Klub) estava mais direcionado para a beleza da raça como cão de exposição.
A popularidade desta raça, tal e qual aconteceu com outras, trouxe mais malefícios do que benefícios. A criação feita sem escrúpulos e apenas com fins lucrativos fez com que o custo de aquisição baixasse, colocando assim estes exemplares acessíveis a um maior número de pessoas. Estas muitas vezes procuram o Rottweiler apenas por uma questão de moda ou machismo. Ao contrário da imagem agressiva que erradamente é atribuída à raça, o Rottweiler pode ser um cão de companhia brincalhão e carinhoso.










Pastor Alemão

A HISTORIA DO PASTOR ALEMÃO
Mais de 100 anos de fidelidade e de paixão de milhões de seguidores nos cinco continentes. Algumas palavras para tentar resumirem a apaixonante história do cão mais popular do mundo: o Pastor Alemão.
No final do séc. XIX, os cães de pastoreio, no sentido literal do termo, eram utilizados em muitas regiões diferentes da Alemanha. Apresentavam diferentes colorações ao nível do pêlo, da aparência e da textura do pêlo, mas mantinham sempre algo em comum, traços particulares: a robustez, a rusticidade e a inteligência, que favoreceram a selecção do futuro Pastor Alemão. À seme-lhança de quase todos os países da Europa, que reclamavam uma ou mais raças de cães pastores como autóctones, alguns criadores amadores alemães começaram a interessar-se pela situação das raças dos cães pastores dos seus países. Seria sobre estas bases que se iria seleccionar as estirpes do futuro Pastor Alemão.
A selecção empírica da época baseava-se, essencialmente, nas suas aptidões reprodutivas, enquanto que outras especificidades eram consideradas como secundárias.Um decalque com o nome de Hector
Contudo, a noção de selecção genética começou a entrar nas mentes dos criadores. O primeiro livro genealógico surgiu em 1878, graças a uma iniciativa da Associação Phylax. O objectivo desta associação consistia em melhorar as características morfológicas dos diferentes cães utilizados na Alemanha. Infelizmente, esta iniciativa terminou alguns anos mais tarde, uma vez que os seus critérios de selecção favoreciam a estética em detrimento de outras aptidões.
O archote da esperança foi, todavia, içado por um militar, o Capitão de Cavalaria Max Emile Frederic Von Stephanitz, que se lançou numa aventura apaixonada, a selecção de um cão de raça Pastor Alemão. Este homem, reconhecido criador, é considerado, ainda hoje, como o pai da raça, à qual dedicou cerca de 35 anos da sua vida. Foi então seguido por outros pioneiros, tais como Arthur Meyer, Otto Weber e Arnold Männer.
Em Abril de 1899, durante uma visita a uma exposição canina, ficou fascinado pelo cão de pastoreio que inaugurava o livro genealógico do Pastor Alemão. Este cão chamava-se Hector Von Linksrheim e apresentava, de acordo com Stephanitz, todas as qualidades que procurava.
Pouco tempo após a exposição, o criador comprou-o e baptizou-o com o nome de Horand Von Grafrath (este afixo era o nome de criador de Stephanitz) e formou, a 22 de Abril, a Associação dos Criadores da Raça Pastor Alemão (Verein für Deutsche Schäferhunde) mais conhecida pela sigla S.V. Este clube desenvolveu-se rapidamente na mais poderosa associação de raças da Alemanha e a mais elegante do mundo.
1899 : Hector Von Linksrheim rebaptizado como Von GrafrathDedicação ao trabalho
A definição de um cão Pastor Alemão desta época era clara: "É um Pastor Alemão todo o cão que viva na Alemanha e que, graças a um exercício constante das suas qualidades de cão de pastoreio, atinja a perfeição do seu corpo e do seu carácter, através das suas funções utilitárias".
100 anos mais tarde, e ultrapassando as fronteiras da Alemanha, mais de dez milhões de Pastores Alemães estão devidamente inscritos nos seus livros de origem (ZB) da SV.
Se a função e a vocação do primeiro Pastor Alemão era a guarda e a condução de rebanhos de ovinos, a redução destes últimos animais incita os dirigentes alemães a descobrirem novas aplicações para os cães de pastoreio. O potencial estava já presente nas principais estirpes da raça, pelo que, a partir de 1901, os concursos para a Polícia permitiam atribuir um potencial utilitário a estes cães que se iriam implantar rapidamente nos diferentes serviços operacionais (Bombeiros, Exército, Polícia, etc…) e assumir a reputação da raça no plano utilitário.Actualmente, se o Pastor Alemão é a raça mais divulgada no maior número de países, é graças ao trabalho de selecção realizado pelos pioneiros de criação das margens do Reno, que, desde o início, fizeram com que a raça dos cães de pastoreio obtivesse uma diversificação do seu emprego. Não devemos esquecer a evolução morfológica e física, que permitiu a estes Pastores Alemães sobreviverem nos cinco continentes contagiando, todos os dias, milhões de aficcionados com a sua alegria de viver.