A HISTORIA DO PASTOR ALEMÃO
Mais de 100 anos de fidelidade e de
paixão de milhões de seguidores nos cinco continentes. Algumas palavras para
tentar resumirem a apaixonante história do cão mais popular do mundo: o Pastor
Alemão.
No final do séc. XIX, os cães de pastoreio, no sentido literal do termo, eram utilizados em muitas regiões diferentes da Alemanha. Apresentavam diferentes colorações ao nível do pêlo, da aparência e da textura do pêlo, mas mantinham sempre algo em comum, traços particulares: a robustez, a rusticidade e a inteligência, que favoreceram a selecção do futuro Pastor Alemão. À seme-lhança de quase todos os países da Europa, que reclamavam uma ou mais raças de cães pastores como autóctones, alguns criadores amadores alemães começaram a interessar-se pela situação das raças dos cães pastores dos seus países. Seria sobre estas bases que se iria seleccionar as estirpes do futuro Pastor Alemão.
A selecção empírica da época baseava-se, essencialmente, nas suas aptidões reprodutivas, enquanto que outras especificidades eram consideradas como secundárias.Um decalque com o nome de Hector
Contudo, a noção de selecção genética começou a entrar nas mentes dos criadores. O primeiro livro genealógico surgiu em 1878, graças a uma iniciativa da Associação Phylax. O objectivo desta associação consistia em melhorar as características morfológicas dos diferentes cães utilizados na Alemanha. Infelizmente, esta iniciativa terminou alguns anos mais tarde, uma vez que os seus critérios de selecção favoreciam a estética em detrimento de outras aptidões.
O archote da esperança foi, todavia, içado por um militar, o Capitão de Cavalaria Max Emile Frederic Von Stephanitz, que se lançou numa aventura apaixonada, a selecção de um cão de raça Pastor Alemão. Este homem, reconhecido criador, é considerado, ainda hoje, como o pai da raça, à qual dedicou cerca de 35 anos da sua vida. Foi então seguido por outros pioneiros, tais como Arthur Meyer, Otto Weber e Arnold Männer.
Em Abril de 1899, durante uma visita a uma exposição canina, ficou fascinado pelo cão de pastoreio que inaugurava o livro genealógico do Pastor Alemão. Este cão chamava-se Hector Von Linksrheim e apresentava, de acordo com Stephanitz, todas as qualidades que procurava.
Pouco tempo após a exposição, o criador comprou-o e baptizou-o com o nome de Horand Von Grafrath (este afixo era o nome de criador de Stephanitz) e formou, a 22 de Abril, a Associação dos Criadores da Raça Pastor Alemão (Verein für Deutsche Schäferhunde) mais conhecida pela sigla S.V. Este clube desenvolveu-se rapidamente na mais poderosa associação de raças da Alemanha e a mais elegante do mundo.
1899 : Hector Von Linksrheim rebaptizado como Von GrafrathDedicação ao trabalho
A definição de um cão Pastor Alemão desta época era clara: "É um Pastor Alemão todo o cão que viva na Alemanha e que, graças a um exercício constante das suas qualidades de cão de pastoreio, atinja a perfeição do seu corpo e do seu carácter, através das suas funções utilitárias".
100 anos mais tarde, e ultrapassando as fronteiras da Alemanha, mais de dez milhões de Pastores Alemães estão devidamente inscritos nos seus livros de origem (ZB) da SV.
Se a função e a vocação do primeiro Pastor Alemão era a guarda e a condução de rebanhos de ovinos, a redução destes últimos animais incita os dirigentes alemães a descobrirem novas aplicações para os cães de pastoreio. O potencial estava já presente nas principais estirpes da raça, pelo que, a partir de 1901, os concursos para a Polícia permitiam atribuir um potencial utilitário a estes cães que se iriam implantar rapidamente nos diferentes serviços operacionais (Bombeiros, Exército, Polícia, etc…) e assumir a reputação da raça no plano utilitário.Actualmente, se o Pastor Alemão é a raça mais divulgada no maior número de países, é graças ao trabalho de selecção realizado pelos pioneiros de criação das margens do Reno, que, desde o início, fizeram com que a raça dos cães de pastoreio obtivesse uma diversificação do seu emprego. Não devemos esquecer a evolução morfológica e física, que permitiu a estes Pastores Alemães sobreviverem nos cinco continentes contagiando, todos os dias, milhões de aficcionados com a sua alegria de viver.
No final do séc. XIX, os cães de pastoreio, no sentido literal do termo, eram utilizados em muitas regiões diferentes da Alemanha. Apresentavam diferentes colorações ao nível do pêlo, da aparência e da textura do pêlo, mas mantinham sempre algo em comum, traços particulares: a robustez, a rusticidade e a inteligência, que favoreceram a selecção do futuro Pastor Alemão. À seme-lhança de quase todos os países da Europa, que reclamavam uma ou mais raças de cães pastores como autóctones, alguns criadores amadores alemães começaram a interessar-se pela situação das raças dos cães pastores dos seus países. Seria sobre estas bases que se iria seleccionar as estirpes do futuro Pastor Alemão.
A selecção empírica da época baseava-se, essencialmente, nas suas aptidões reprodutivas, enquanto que outras especificidades eram consideradas como secundárias.Um decalque com o nome de Hector
Contudo, a noção de selecção genética começou a entrar nas mentes dos criadores. O primeiro livro genealógico surgiu em 1878, graças a uma iniciativa da Associação Phylax. O objectivo desta associação consistia em melhorar as características morfológicas dos diferentes cães utilizados na Alemanha. Infelizmente, esta iniciativa terminou alguns anos mais tarde, uma vez que os seus critérios de selecção favoreciam a estética em detrimento de outras aptidões.
O archote da esperança foi, todavia, içado por um militar, o Capitão de Cavalaria Max Emile Frederic Von Stephanitz, que se lançou numa aventura apaixonada, a selecção de um cão de raça Pastor Alemão. Este homem, reconhecido criador, é considerado, ainda hoje, como o pai da raça, à qual dedicou cerca de 35 anos da sua vida. Foi então seguido por outros pioneiros, tais como Arthur Meyer, Otto Weber e Arnold Männer.
Em Abril de 1899, durante uma visita a uma exposição canina, ficou fascinado pelo cão de pastoreio que inaugurava o livro genealógico do Pastor Alemão. Este cão chamava-se Hector Von Linksrheim e apresentava, de acordo com Stephanitz, todas as qualidades que procurava.
Pouco tempo após a exposição, o criador comprou-o e baptizou-o com o nome de Horand Von Grafrath (este afixo era o nome de criador de Stephanitz) e formou, a 22 de Abril, a Associação dos Criadores da Raça Pastor Alemão (Verein für Deutsche Schäferhunde) mais conhecida pela sigla S.V. Este clube desenvolveu-se rapidamente na mais poderosa associação de raças da Alemanha e a mais elegante do mundo.
1899 : Hector Von Linksrheim rebaptizado como Von GrafrathDedicação ao trabalho
A definição de um cão Pastor Alemão desta época era clara: "É um Pastor Alemão todo o cão que viva na Alemanha e que, graças a um exercício constante das suas qualidades de cão de pastoreio, atinja a perfeição do seu corpo e do seu carácter, através das suas funções utilitárias".
100 anos mais tarde, e ultrapassando as fronteiras da Alemanha, mais de dez milhões de Pastores Alemães estão devidamente inscritos nos seus livros de origem (ZB) da SV.
Se a função e a vocação do primeiro Pastor Alemão era a guarda e a condução de rebanhos de ovinos, a redução destes últimos animais incita os dirigentes alemães a descobrirem novas aplicações para os cães de pastoreio. O potencial estava já presente nas principais estirpes da raça, pelo que, a partir de 1901, os concursos para a Polícia permitiam atribuir um potencial utilitário a estes cães que se iriam implantar rapidamente nos diferentes serviços operacionais (Bombeiros, Exército, Polícia, etc…) e assumir a reputação da raça no plano utilitário.Actualmente, se o Pastor Alemão é a raça mais divulgada no maior número de países, é graças ao trabalho de selecção realizado pelos pioneiros de criação das margens do Reno, que, desde o início, fizeram com que a raça dos cães de pastoreio obtivesse uma diversificação do seu emprego. Não devemos esquecer a evolução morfológica e física, que permitiu a estes Pastores Alemães sobreviverem nos cinco continentes contagiando, todos os dias, milhões de aficcionados com a sua alegria de viver.
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